Um Rabino, a Madre Teresa e o Dalai Lama
O que o Rabino Jonathan Sacks tem em comum com a madre Teresa de Calcutá e o Dalai Lama?
A resposta é que os três foram agraciados com o Prêmio Templeton, que destaca contribuições excepcionais para a afirmação da dimensão espiritual da vida.
O escolhido de 2016 é justamente o Rabino Jonathan Sacks, ex-rabino-chefe do Reino Unido, devido à sua visão em favor do diálogo inter-religioso, no sentido de promover o entendimento entre povos e culturas.
“Depois do 11 de Setembro, o Rabino Sacks identificou a necessidade de se responder ao desafio do radicalismo e do extremismo e fê-lo com dignidade e graça”, disse Jennifer Simpson, em nome da organização.
Jonathan Sacks é autor de vários livros – muitos já publicados pela Editora Sêfer em português (veja abaixo) –, incluindo o recente Not in God’s Name – Confronting Religious Violence [Não em nome de Deus – Confrontando a Violência Religiosa] em que faz uma reinterpretação de várias passagens do Antigo Testamento, nomeadamente histórias de conflito entre irmãos, que constam das tradições das três religiões abraâmicas e que podem, com uma leitura superficial, contribuir para o antagonismo entre muçulmanos, cristãos e judeus.
O Prêmio Templeton foi instituído pelo já falecido John Templeton, através da Fundação Templeton, em 1972. O prémio tem o valor de 1,5 milhão de dólares, que o rabino diz que pode servir para intensificar os esforços de combate à violência e o extremismo religioso.
Vencendo o prémio, Sacks junta-se a outras figuras do mundo religioso como Jean Vanier, fundador das comunidades “A Arca”, a Madre Teresa de Calcutá, o padre checo Tomas Halik, Desmond Tutu e o Dalai Lama.
Não deixe de conferir as obras deste reconhecidíssimo autor: