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Celebrando o Ano Novo Babilônico

Celebrando o Ano Novo Babilônico

Leitura em 14 min
Fonte: O Zigurate

Está chegando! Este ano, o Akitu, ou Ano Novo Babilônico, deve cair no equivalente ao dia 17 de março do calendário gregoriano (logo abaixo, eu explico a lógica por trás do cálculo). Na virada de 2020 para 2021, eu fiz um breve post no Instagram comentando como eu geralmente não faço nada no sentido de práticas mágicas ou espirituais no geral no dia 31 de dezembro, nem recomendo aos outros que façam, porque, para todos os efeitos, trata-se de uma data sem grande relevância nesse sentido para a maioria das tradições espirituais, nem um maior sentido astronômico ou astrológico. Além do mais, sendo uma comemoração quase que inteiramente secular de um ocidente já bastante desespiritualizado, é um momento em que as pessoas metem o pé na jaca, e eu prefiro não misturar as coisas. Aliás, nada contra enfiar o pé na jaca, pelo contrário, eu acho muito bom termos datas especificamente para isso, porque aí, nas datas mais espiritualmente relevantes, podemos nos concentrar nas nossas práticas. É mais ou menos nesta temporada agora, entre fevereiro e abril, que observamos alguns festivais de natureza mais mística e/ou tradicional, como o ano novo chinês, o tibetano, o ano novo astrológico e o ano novo thelêmico. O Akitu se encaixa nessa tendência também.

Como aponta o historiador Jona Lendering, já no III milênio a.C. os sumérios comemoravam um festival chamado á-ki-ti-še-gur-ku, a semeadura da cevada. Outro autor comenta que os principais festivais, em Ur e Uruk, eram comemorados nos dois equinócios, o de outono no mês de Tišritum (setembro-outubro) e o de primavera em Nisānu (março-abril), pensando, claro, que a Suméria se encontra no hemisfério norte. A comemoração no equinócio de outono, aliás, é a que é comemorada no ano novo judaico, o Rosh HaShana, no equivalente judaico ao mês babilônico de Tišritum, Tishrei.

O festival de Akitu não era celebrado durante apenas um dia, mas durava, segundo Lendering, sete dias, estendendo-se de 4 de Nisānu até o dia 11. A principal divindade homenageada nesse período era o deus Marduk, patrono da Babilônia. Como já dito no meu (longo) texto anterior sobre o panteão mesopotâmico, durante o período em que a Suméria esteve em seu auge, Marduk era um deus atmosférico menor. Porém, conforme a Babilônia, a cidade onde ele tinha seu templo, foi crescendo e se tornando uma potência importante na região, seu prestígio cresceu também e logo ele se tornou o principal deus do panteão, tomando as funções que até então eram atribuídas a Enlil, o mais ativo dos três principais deuses cósmicos (Enlil, o senhor da atmosfera, Enki/Ea, o deus da sabedoria, e Anu, o deus do céu).


Babilônia, pintura de Frantisek Kupka (1906)

Este seu novo estatuto era afirmado e celebrado no épico Enuma Elish (ou Enûma Eliš, se quisermos ser caxias com a consistência da transliteração), composto provavelmente no II milênio, um longo poema sobre a criação do mundo que trata do estado anterior à criação, quando reinavam as divindades monstruosas do caos como Apsu, Tiamat e Kingu, e como elas são mortas por esta nova geração de deuses representada por Ea, Marduk e grande elenco. Ea chega a vencer Apsu (ou Absu ou Abzu), como era bem conhecido já na sua mitologia (o Abzu era um aquífero em Eridu entendido como a morada de Ea), mas apenas Marduk tem a coragem e o poder para desafiar e vencer Tiamat. Com o corpo do monstro vencido, Marduk constrói o céu e a terra, então assume a Tabuleta dos Destinos, distribui as funções dos deuses e cria os seres humanos a partir do barro misturado com o sangue dos deuses vencidos – todos estes sendo atos grandiosos com uma série de implicações simbólicas sobre as quais poderíamos falar longamente, mas, em vez disso, eu vou apenas indicar a leitura deste texto do Jacyntho Lins Brandão para quem quiser se aprofundar um pouco. Por fim, na sétima e última tabuleta, ele é condecorado, recebendo 50 nomes, de alto valor esotérico (pense nos muitos nomes de Deus na tradição judaica, por exemplo).

O Enuma Elish não era apenas uma história contada por entretenimento, mas tinha uma importante função ritual e era inclusive recitado na íntegra durante as celebrações do Akitu. Há algumas discussões entre acadêmicos (como era de se esperar), mas uma das visões populares sobre o Ano Novo Babilônico é a de que se trata de um momento em que ritualmente o caos primordial era trazido à tona e subjugado novamente, o que suscitava a renovação do cosmos. Por isso era que Marduk, como um deus criador, tinha um papel tão importante. E, claro, havia uma dimensão política também que é preciso evidenciar, pois o rei era o representante do poder de Marduk no plano terreno. 


Imagem de um cilindro sobre argila representando Marduk e Tiamat

No primeiro dia do Akitu, o šešgallu, ou sumo sacerdote, inaugurava o festival e o rei seguia ao templo de Nabû, um deus escriba assírio que foi incorporado ao panteão e que passou a ser o filho e herdeiro de Marduk. Depois, ele seguia à cidade de Borsippa, a 17 km da Babilônia, onde havia um templo famoso de Nabû, de onde ele voltava, no dia seguinte, trazendo sua estátua. Apresentando-se a Marduk, o rei se despia de suas armas e coroa, levava um tapa na cara dado pelo sumo sacerdote (!) como um tipo de expiação e recebia um oráculo. Então, nos dias seguintes as estátuas de todos os deuses chegavam para participar da celebração, sacríficos eram feitos, e várias canções eram cantadas, tanto sacras quanto seculares. Ao final, cada deus voltava para sua casa. Consta que estas tradições perduraram durante muito tempo, mesmo fora da Babilônia e após a sua queda. Em Emessa, na Síria, por exemplo, parece que a tradição do Akitu persistiu até o século III d.C., homenageando um deus árabe chamado Ilah HaGabal, “o senhor da montanha”, ou Elagabal, cujo culto foi introduzido em Roma por Heliogábalo.

Como muitas coisas em minha vida, eu comecei a celebrar o Akitu meio como graça a princípio — na época eu ainda não tinha nenhuma prática espiritual, mas era fascinado (e ainda sou) por tudo que fosse mesopotâmico e estudava essas coisas por curiosidade acadêmica. Quando consegui superar o absurdo que era, na minha cabeça ainda meio ateia, praticar magia e venerar deuses antigos, esta celebração se tornou uma coisa séria e tem sido desde então.

Calcular a data do Akitu não é difícil, por um motivo bastante simples. Estes são os meses do calendário babilônico, em ordem:

  • Nisānu (março/abril, mais ou menos o período do Sol em Áries)
  • Āru (abril/maio, Sol em Touro)
  • Simanu (maio/junho, Sol em Gêmeos)
  • Dumuzu (junho/julho, Sol em Câncer)
  • Abu (julho/agosto, Sol em Leão)
  • Ulūlu (agosto/setembro, Sol em Virgem)
  • Tišritum (setembro/outubro, Sol em Libra, começo da segunda metade do ano)
  • Samnu (outubro/novembro, Sol em Escorpião)
  • Kislimu (novembro/dezembro, Sol em Sagitário)
  • Ṭebētum (dezembro/janeiro, Sol em Capricórnio)
  • Šabaṭu (janeiro/fevereiro, Sol em Aquário)
  • Addaru (fevereiro/março, Sol em Peixes)

E estes são os meses do calendário hebraico:

  • Nisan
  • Iyar
  • Sivan
  • Tammuz
  • Ab
  • Elul
  • Tishrei
  • Cheshvan
  • Kislev
  • Tebeth
  • Shebat
  • Adar

Essa semelhança dos nomes não é por acaso. Os israelitas tinham um calendário próprio antes do Exílio, do qual pouco se sabe (sabemos, por exemplo, que o primeiro mês se chamava Aviv, “primavera”, mas não temos nem mesmo todos os nomes do ano preservados). Acontece, porém, que, após as décadas passadas na Babilônia, o calendário babilônico foi adotado, apenas com uma mudança dos nomes que parece ser muito mais por adaptação fonética do que qualquer outra coisa — até um mês como Dumuzu/Tammuz, que tem esse nome por conta do deus da vegetação cuja morte e renascimento eram celebrados nesse período (o que era visto como uma abominação para Ezequiel, vide Ez. 8:14), mantém-se sem alterações. E mesmo o esquema de adicionar um mês adicional chamado Adar II em anos bissextos (sendo um calendário lunissolar, esse tipo de gambiarra acaba provando-se necessário) é mantido. Por esses motivos, eu acredito que seja possível adotar como o calendário babilônico o calendário judaico com seus nomes originais, no qual hoje, por exemplo, é o dia 17 de Adar, um mês com 29 dias. Nisan/Nisānu começaria no dia 14 de março, domingo, por isso o dia 17 de março, quarta-feira, é o 4 de Nisānu. Em 2022, a data do Akitu deve cair no dia 5 de abril (um bom site para conferir estas datas é o chabad.org). 

Quanto à numeração dos anos… bem, aí complica um pouco. Na ausência de uma instituição bem definida para determinar estas coisas, o que eu faço (e, veja bem, eu não tenho autoridade nenhuma) é contar como ano 1 o ano de 5400 a.C., a data estimada de fundação de Eridu, onde “desce a coroa dos céus” (nam-lugal an-ta ed-de-a-ba) pela primeira vez, segundo a Lista dos Reis Sumérios, o que me parece um bom ponto de partida. Neste sentido, podemos considerar, neste Akitu, o começo do ano 7422 N.A.E.

Também não temos mais um templo ou sumo sacerdote, o que certamente deixa as comemorações muito menos envolventes e grandiosas. Mas o que eu faço é uma cerimônia pessoal no dia cantando os hinos a Marduk e outros deuses, fazendo oferendas, recitando o trecho do Enuma Elish quando o deus recebe seus 50 nomes e fazendo uma tiragem oracular com as previsões, mês a mês, para o novo ano. Infelizmente não temos uma tradução completa ainda do Enuma Elish para o português (alguém ainda precisa perturbar o Jacyntho para isso!). Você encontra, sim, em inglês, alguns trechos, mas com frequência com nomes errados1, o que eu não acho recomendável. E mesmo em inglês é difícil uma tradução completa razoável. Quando eu perguntei aos meus professores, com quem eu estudei um ano de babilônico em 2018, eles me indicaram uma tradução francesa.

Enfim, para quem quiser participar disso comigo, eu compartilho agora com vocês o trecho final do Enuma Elish na minha tradução. A minha principal fonte (sobretudo para a lista dos nomes) foi essa tradução francesa que me foi indicada, de Philippe Talon2. O que eu ofereço não é uma tradução poética, nem mesmo acadêmica, e certamente há muito o que se revisar nela (e eu também encurtei alguns trechos para não deixar o ritual tão longo). Porém ela serve ao seu propósito aqui. O que eu faço é recitar o texto, do melhor modo que eu conseguir, entoando os nomes3 de forma mais grave e enfática, com a companhia da “congregação”, se houver pelo menos mais uma pessoa junto. Mas é claro que estas são apenas sugestões, e cada um está livre para fazer como quiser. Para quem tem interesse pelo trabalho com divindades mesopotâmicas (eu mesmo já conheci algumas pessoas que trabalham ou já trabalharam com Ishtar, por exemplo, e quem acompanha o Damien Echols sabe que ele também tem essa mesma obsessão que eu), esta pode ser uma boa oportunidade para se aproximar ou fortalecer seus laços com a egrégora. E, para quem quiser estudar mais a fundo a história e simbologia do Akitu, os links que eu citei ao longo do texto são ótimas sugestões.

Enuma Elish: Tabuleta 7

(1) MARDUK, feito Anu, seu pai que fornece lugares para pascer e beber, enriquece os estábulos, que com o Dilúvio, sua arma, venceu os oponentes, e que aos deuses, seus pais, resgatara da aflição. Verdadeiramente, (2) MAR-SHAMSHI, o Filho do Sol, o mais radiante dos deuses ele é. Que caminhe eternamente em sua luz radiante! Os povos ele gerou e lhes deu vida, impôs o serviço aos deuses, para que eles tenham paz. Criação, destruição, salvação, graça, tais serão seus comandos.

(3) MARUKKA, o deus vero, criador de tudo, que contenta os Anunna, apazigua os Igigi, (4) MARUTUKKU, o vero refúgio da terra, proteção do seu povo, (5) MERSHAKUSHU, de vasto peito e amena compaixão, (6) LUGAL-DIMMER-ANKIA, seu nome proclamado em nossa assembleia, o deus de todos os deuses do céu e da terra, (7) NADE-LUGAL-DIMMER-ANKIA, nome ao qual todos os deuses se abalam e tremem em retirada, (8) ASALLUHI, a luz dos deuses, o nome proclamado por Anu (9) ASALLUHI-NAMTILLAKU, o deus que mantém a vida, que restaurou os deuses perdidos, como se sua própria criação, o senhor que ressuscita os deuses mortos, com seus encantamentos puros, que destrói os inimigos desviados. Louvemos sua proeza!

(10) ASALLUHI-NAMRU, o deus radiante que ilumina os nossos caminhos, (11) ASARI, criador dos grãos e ervas, que gera a vegetação, (12) ASARI-ALIM, honrado em conselho, (13) ASAR-ALIM-NUNNA, o gracioso, a luz de seu pai, (14) TUTU, restaurador, (15) TUTU-ZIUKINNA, a vida da hoste dos deuses, (16) TUTU-ZIKU, que firmara a santidade, o deus de benigno alento, o senhor que ouve e concorda, que produz riquezas e tesouros, cria abundância, que transformara nossas carências em fartura, cujo benigno alento sentimos em nossa aflição. (17) TUTU-AGAKU, senhor dos encantos divinos, que ressuscita os mortos, que tem misericórdia pelos deuses vencidos, que removera o jugo imposto aos deuses, seus inimigos, e que, para redimi-los, criara a humanidade, o misericordioso, que tem o poder de criar vida. Que suas palavras perdurem, jamais esquecidas, nas bocas do povo de cabeça negra4, criado por suas mãos. (18) TUTU-TUKU, cujo sacro encantamento suas bocas murmurarão, (19) SHAZU, que conhece o coração dos deuses, que enxerga o âmago; de quem o perverso não escapa. (20) SHAZU-ZISI, que silencia o insurgente, (21) SHAZU-SUHRIM, que com sua arma erradica seus inimigos, que frustra seus planos e os espalha aos ventos, que apaga os ímpios que tremem diante dele.

(22) SHAZU-SUHGURIM, criador dos deuses, que erradica os inimigos, destrói sua progênie; que frustra seus feitos e nada lhes deixa. Seja seu nome evocado e citado em toda a terra, (23) SHAZU-ZAHRIM, perseguidor dos maus; (24) SHAZU-ZAHGURIM, que destruiu todos os inimigos; (25) ENBILULU, o senhor da prosperidade, (26) ENBILULU-EPADUN, que rega o campo, irrigador do céu e da terra, (27) ENBILULU-GUGAL, irrigador das plantações dos deuses, senhor da abundância, opulência e amplas lavouras, (28) ENBILULU-HEGAL, que faz chover sobre a vasta terra e gera a vegetação, (29) SIRSIR, que cobriu Tiamat de montanhas, (30) SIRSIR-MALAH, Tiamat é seu navio e ele o navegador, (31) GILIM, que guarda o grão, (32) GILIMA, que cria segurança, (33) AGILIMA, o exaltado, que arranca a coroa, que cria nuvens sobre as águas, faz o céu perdurar, (34) ZULUM, que destrói todo adversário, (35) ZULUM-UMMU, incomparável em força entre os deuses, (36) GISHNUMUNAB, criador de todos os povos, que fez o mundo destruiu os deuses de Tiamat e fez os homens de sua substância, (37) LUGAL-ABDUBUR, rei que frustrou a obra de Tiamat, (38) PAGAL-GU’ENNA, de vultosa força, que se destaca entre os deuses, (39) LUGAL-DURMAH, o rei, mais exaltado dos deuses, (40) ARANUNNA, conselheiro de Ea, criador dos deuses, inigualável, (41) DUMU-DUKU, da mais pura morada, (42) LUGAL-SHUANNA, senhor e força de Anu, (43) IRUGGA, que a tudo sabe, vasta inteligência, (44) IRKINGU, que carregou Kingu do campo de batalha que orienta a todos, (45) KINMA, a cujo nome todos os deuses tremem de medo, (46) ESIZKUR, sentado alto na casa das orações, que os deuses tragam dádivas a ele, (47) GIBIL, que mantém afiadas as armas, cuja mente é tão vasta que nem todos os deuses juntos podem sondá-la, (48) ADDU seja seu nome, que cubra todo o céu, (49) ASHARU, que, como é seu nome, guiara os deuses do destino, (50) NEBIRU que guarda os caminhos entre céu e terra.

Porque ele criara os espaços e forjara a terra firme, pai Enlil proclamou-o ENKURKUR, Senhor da Terra. Quando Ea ouviu a todos os nomes que os Igigi proclamaram seu espírito regozijou-se. Cinquenta são seus nomes, supremo seu caminho. Que esses nomes sejam guardados, que o líder os explique. Que os sábios e eruditos os discutam reunidos. Que o pai os recite e repasse ao filho. Que os ouvidos dos pastores e cuidadores de gado sejam abertos. Que eles se regozijem em Marduk, o Enlil dos deuses, Que a terra seja fértil e que ele prospere, firme em sua ordem, seus mandos inalteráveis, os pronunciamentos de sua boca deus algum pode alterar. Quando ele se enfurece, deus algum suporta a sua ira. Insondável seu coração, vasto seu ser. O crime e o pecado serão prostrados diante ele.

* * *

[1] Agora eu não encontrei o link onde eu tinha visto originalmente os 50 nomes de Marduk com alguns erros, mas depois eu reparei que esta lista era reproduzida no Mardukite Magick, de Michael Cecchettelli, um livretinho que, fora esse deslize, é na verdade muito bom. Quem já leu o Simon Necronomicon também sabe que nele consta uma seção onde cada nome de Marduk é elencado como um espírito à parte, com um sigilo e funções próprias, que pode ser invocado pelo conjurador. Eu mesmo, apesar de usar os nomes de Marduk com regularidade, nunca trabalhei com este grimório e não sei que tipo de efeitos esse trabalho pode ter, mas o que eu posso afirmar é que, nessa parte, há uma porcentagem minúscula de material legítimo e as funções e sigilos foram inventadas (ou recebidas) pelo próprio autor, por isso recomendo cautela.

[2] Fonte: The Standard Babylonian Creation Myth: Enūma Eliš: Introduction, Cuneiform Text, Transliteration, and Sign List with a Translation and Glossary in French. State Archives of Assyria Cuneiform Texts: Volume IV, publicado em 2005 pelo Institute for Asian and African Studies da Universidade de Helsinki.

[3] Eu reconheço que alguns nomes soam um pouco engraçados para nós enquanto falantes de português, como Enbilulu ou Tutu. Nessas horas até eu sou obrigado a deixar a 5ª série de lado mesmo.

[4] Esta é uma fórmula antiga para descrever os sumérios, que os próprios utilizavam como autoidentificação.

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